A morte de Adnailda Souza Santos, ou pastora Dina, é mais do que um caso isolado — é o símbolo de uma Salvador doente, onde o povo sofre e morre na fila do SUS. As imagens de Dina, asmática, suplicando por oxigênio, são um soco no estômago de qualquer um com o mínimo de empatia. Mas para a gestão municipal, são apenas mais um incômodo midiático.
A resposta da Secretaria de Saúde beira o cinismo: tentam explicar o inexplicável com relatórios e imagens de câmeras. Mas nada disso apaga o fato de que uma mulher morreu sufocada, esperando atendimento. E a justificativa muda conforme o vento: pulseira amarela, depois laranja, depois erro de comunicação. Enquanto isso, a vida escapa — e com ela, a dignidade do serviço público.
Bruno Reis e ACM Neto viraram sinônimos de gestão descompromissada com o povo. Eles não apenas falharam com Dina, falham todos os dias com quem depende da saúde pública em Salvador. E não adianta terceirizar a culpa: quem governa, assume as mortes. A cidade está morrendo sufocada, como Dina — aos poucos, sem ar e sem esperança.
